quarta-feira, 9 de março de 2011

Que assim seja!

Ida à Terra Santa
19 a 27/02/2011

Com o nosso Director Espiritual Sr Padre Dário Pedroso S. J. e o nosso organizador e toda a sua equipa Rui Corrêa de Oliveira, seu filho Pedro, nora, Ana Libano Monteiro a Helena da Agência de Viagens “Geostar”, o guia excepcional judeu brasileiro Alex e o chauffeur Samy.
Graças a Deus a todos eles, porque nos proporcionaram esta vivência destes dias na Terra Santa, onde sentimos o Céu na Terra!
Há anos que eu sonhava com esta viagem. Tive uma oportunidade que não se realizou há uns anos, porque rebentou a guerra no seu auge. Mas como o tempo de Deus não é o nosso, e penso que há males que vêm por bem, senti em todos os aspectos, que melhor era impossível: a organização excelente, sem falhas em pormenor, com surpresas para nós, inesquecíveis para o resto da vida! É comovente até ao fundo da alma e do coração viver esta experiência, esta organização teve parte nisso!
Os momentos de espiritualidade vividas na Santa Missa, o que o Sr. Padre Dário nos fez sentir e meditar nas coisas importantes que Deus nos pede, a nossa transformação o nosso testemunho de Cristãos alegres, com atitudes de vivência na caridade, em tudo o que isso implica.
As velas com o nosso nome postas em cima do altar a pedir por todos nós e as nossas famílias.
É impossível, descrever tudo o que vivi, mas vou tentar escrever o que mais me tocou.
A Igreja da Anunciação, onde tivemos uma Missa. Aqui eu senti o começo que eu deverei sentir toda a minha vida de ser uma privilegiada no meio deste mundo!
Viveram ali neste sitio Jesus, sua Mãe e seu Pai adoptivo até à vida pública de Jesus que começou aos 30 anos.
O Monte TABOR onde Jesus se transfigurou diante de João, Pedro e Tiago. Encontros, terços, alguns rezados em andamento, outros em sítios especiais que irão marcar para sempre as nossas vidas.
A caminho do Mar da Galileia de Cafarnaum. Miradouro da Paz – sitio espectacular onde se avista todo o mar da Galileia – Cesareia de Felipe, onde nas margens do rio Jordão renovámos as promessas do Baptismo. Cada um com uma medalha que o Rui nos ofereceu – mergulhámos na água do Jordão. O passeio de barco no mar da Galileia. Imaginei naquele barco Jesus representado no Sr. Padre Dário com os discípulos que éramos nós. O silêncio, só se ouviu o barulho das ondas e o chilrear dos passarinhos.
As ruínas da casa de São Pedro. O almoço do peixe chamado de S. Pedro – A Sinagoga onde Jesus ensinou. O rio Jordão muito poluído, mas onde se pensa quase certo, o sitio onde Jesus foi Baptizado por São João Baptista, o Mar Morto, com uma densidade de sal de tal modo que não se vai ao fundo. Depois vem um dos sítios que mais me impressionou e me tocou. Uma hora todos separados em cima do deserto, onde Jesus foi tentado 3 vezes pelo demónio e
onde se recolheu em jejum e oração 40 dias e 40 noites. Aqui meditei nas minhas tentações, com o demónio sempre por perto a tentar a nossa vida. Quantas vezes me deixei ir atrás, quantas vezes rezei a Deus para resistir? O mundo de hoje, para mim, a oração é de maior importância, porque nada tem a ver com nada de tudo o que aprendi, dos valores que peço para seguir – da minha maneira de ver a vida, etc, etc. Momento único!
A missa no sitio dos Bem Aventuranças, que o Sr. Padre Dário nos fez ver que tudo o que Jesus diz é tudo o que Ele é, e nos ensinou a ser.
O sitio da Multiplicação dos Pães, onde Jesus saciou a fome à multidão que o escutava. De volta a Jerusalém – visita nocturna à parte antiga da cidade – olhar no mesmo sítio onde Jesus chorou ao olhar a cidade Santa. Muro das lamentações onde eu tinha uma folha com várias intenções entregues à misericórdia de Deus, e consegui arranjar um buraquinho para o meter.
Só para dizer que tinha um irmão muito aflito que a sua filha, minha sobrinha ia ter um neto, cujo nome vai ser Salvador, que era suposto ser operado à nascença com deficiência grave no coração. Nasceu e o médico verificou que estava sem nada – são e salvo para poder ir para casa. Eu pensei, que bom é ter fé e ter sossegado o meu irmão antes de partir.
A maquete de Jerusalém antiga, a ida de noite ao monte das Oliveiras, só o nosso grupo, passeámos ali, onde Jesus ficou só, na sua agonia sobre aquela pedra na Igreja da Agonia onde estivemos em adoração.
Igreja de São João Baptista – Benedictus – Igreja da Visitação de Nossa Senhora a sua prima Sta. Isabel. Aí podemos ver em vários painéis o Magnificat em português e todos juntos rezámos aquela oração.
Tivemos uma Missa nas irmãs, num convento bizantino, onde nos ofereceram uma oração para acabarem os muros entre os povos e as pessoas – Igreja da Dormição onde está a imagem da Nossa Senhora. Hoje construída a grande Basílica de Santo Sião.
Belém – beijar o chão com uma cruz assinalando o sitio da manjedoura onde Jesus nasceu. Ao lado dumas grutas onde ficou a Sagrada Família até à fuga para o Egipto.
O lugar do Cenáculo,- A sala do andar de cima onde Jesus reunido com os seus 12 Apóstolos e pensa-se que Nossa Senhora estaria presente, por isso fizeram uma 4estátua com a sua imagem num canto a olhar para todos.
Momento alto das nossas vidas de cristãos – realização da transformação do pão e do vinho em corpo e sangue de Cristo que irá ficar connosco na Sagrada Eucaristia no Sacrário de todas as Igrejas Católicas do Mundo. Eu ficarei convosco até ao final dos tempos. Na hóstia consagrada e o seu Espírito a partir do nosso Baptismo. Jesus dá o exemplo de como ele tantas vezes repetiu: “Eu vim para servir e não para ser servido!” - que acto, que exemplo espantoso de humildade e simplicidade. Lavou de joelhos os pés aos seus Apóstolos. Via sacra - via dolorosa. Alguns de nós escolhidos para fazer este percurso e em cada estação dois foram escolhidos. Na 8ª estação eu com o Joaquim meu marido, a Zézinha e a Terezinha (como eu lhes chamo) das pessoas mais queridas e mais simples e cheias de espiritualidade foram escolhidas também nesta estação. Levar a cruz, carregada por Cristo há 2 mil anos. O sofrimento, as chagas, as quedas a lembrar as nossas quedas durante a vida. Que momento alto dentro da minha alma, do meu espírito e do meu coração.
Santo Sepulcro Calvário - sitio onde se tem a certeza que ali naquele buraco, onde todos metemos a mão foi enterrada a Cruz onde Jesus foi pregado e que esteve em agonia durante
3h. Que sentimento profundo de admiração – só Deus teria aguentado e passado por toda a sua paixão para nos salvar – tocámos em seguida na pedra onde foi
ungindo antes de entrar no Santo Sepulcro. Por momentos fica-se baralhado, mesmo estupefacto com tantas religiões, tanta confusão, vários a cantar e a rezar ao mesmo tempo! Parece que se disputam a ver quem grita mais alto e se evidenciam mais. Mas depois
fechei os olhos e concentrei-me no essencial, o sagrado daquele sitio e entrei na paz que eu tanto ansiava.
Piscinas Probáticas onde Jesus curou vários doentes. Igreja de Santa Ana. Tirámos a tarde livre, mas muitos de nós com o Sr. Padre Dário decidimos sem falar uns com os outros, que melhor tarde, senão voltar ao Calvário no Santo Sepulcro e estar em adoração. Bendita a hora da
nossa decisão! Igreja onde Santa Maria Madalena teve o seu encontro com Jesus ressuscitado. Também uma missa ao lado numa Igreja.
Dia seguinte S. Pedro – in – Gallicantum onde ele negou 3 vezes Jesus e a seguir o galo cantou. Chorou amargamente de arrependimento lembrando-se do que Jesus lhe dissera.
Gruta de traição de Judas nde Judas veio na companhia dos soldados buscar Jesus para ser entregue. Grutas onde há certeza que Jesus foi flagelado.
Sitio de Ascenção de Jesus aos Céus. Pai nosso – Oração ensinada por Ele em que cada palavra está implícita o que devemos seguir na vida. Por fim saída para Emaús, onde Jesus passeia sem ser reconhecido com alguns discípulos e só o reconhecem quando lhe pedem para ficar com eles para tomar parte da refeição, devido ao adiantado da hora, e ao partir do pão, dizem: “É ele é Jesus, ressuscitou” – e foram a correr para Jerusalém dar o seu testemunho.
Haveria muito mais para dizer, mas recomendo a todos os que poderem, vão viver e ver estas maravilhas.
Todos os católicos que puderem não deixem de ir. Assim como os Muçulmanos vão a Meca, os católicos que tenham oportunidade deveriam ir visitar esta terra SANTA!
Que assim seja!


Tereza Marim

Sem comentários:

Enviar um comentário