sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nazaré e o Sinai, mensageiros da universalidade


O Sinai, como já nos faziam observar certos autores do antigo judaísmo, situa-se fora da terra prometida da Palestina. Mesmo não inerente à Terra Santa, esta montanha foi escolhida por Deus, objectivando oferecer a Israel, o seu dom maior, que é a Torá.


Por que teria Deus empregue esta estratégia? Resposta: porque o Senhor destinava a sua Lei, não somente a Israel, mas igualmente, a todos os povos, por intermédio de Israel.



Nazaré da Galileia é, também, uma localidade quase às margens da Terra Santa; a Galileia é a terra dos estrangeiros (Is 8, 23 nos Setenta e Mt 4, 15). O que pode, então, resultar de positivo, de bom? Assim pensam os homens. Em contrapartida, os caminhos de Deus são bem diferentes dos nossos. Observamos, efectivamente, que na geografia dos Evangelhos, a Galileia torna-se sinónimo de universalidade.
Jesus, o novo Moisés, ali pronunciou seu discurso inaugural das Bem-aventuranças (Mt 5, 1-12); ali operou o primeiro e protótipo de todos os sinais (Jô 2, 1-12); após a ressurreição, ali ordenou aos apóstolos que pregassem o Evangelho a todas as nações (Mt 28, 16-20).




E foi em Nazaré da Galileia que o Verbo se fez carne.

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