quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

De Maria nunquam satis


De Maria nunquam satis


Quando eu era jovem teólogo, antes e até mesmo durante as sessões do Concílio, como aconteceu e como acontecerá, a muitos, eu alimentava uma certa reserva sobre algumas fórmulas antigas como, por exemplo, a famosa De Maria nunquam satis - "Sobre Maria jamais se dirá o bastante". Esta me parecia exagerada.


Encontrava dificuldade, igualmente, em compreender o verdadeiro sentido de uma outra expressão bastante famosa e difundida (repetida na Igreja desde os primeiros séculos, quando, após um debate memorável, o Concílio de Éfeso, do ano 431, proclamara Nossa Senhora como Maria Theotokos, que quer dizer, Maria, Mãe de Deus), expressão esta que enfatiza que Maria é "vitoriosa contra todas as heresias".


Somente agora - neste período de confusão em que multiplicados desvios heréticos parecem vir bater à porta da fé autêntica -, passei a entender que não se tratava de um exagero cantado pelos devotos de Maria, mas de verdades mais do que válidas.


Cardeal Ratzinger, atualmente, Papa Bento XVI
Entretiens sur la Foi
Vittorio Messori - Fayard 1985

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