segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Maria e o Islão - II

Referindo-se a Maria, o sentido que os pensadores muçulmanos dão ao privilégio recebido por ela, ressente-se de um “minimalismo”, em termos da vida da graça… Todos consideram que Maria foi preservada de qualquer mácula.

Al-Alousi resume o ensinamento habitual. Eis a sua substância: Deus purificou Maria de todas as máculas comuns às mulheres (como a menstruação, a sequência do parto etc.); purificou-a, da incredulidade, dando-lhe fé inabalável, e da indocilidade, concedendo-lhe a virtude inalterável da obediência; livrando-a, enfim, dos defeitos inerentes à alma e ao carácter dos seres humanos.

E mais - conclui Al-Alousi - o mais correcto é tomar a palavra “purificação” no sentido mais vasto e admitir que Deus concedeu a Maria o privilégio de ser pura e isenta de todas as máculas, no sentido próprio e no sentido figurado, as manchas do coração, dos sentimentos e as da carne; deste modo, ela esteve pronta para receber a completa “profusão do Espírito” .

O minimalismo do sobrenatural é compensado pelo esplendor do que é maravilhoso e arrebatador, sob uma forma concreta e, igualmente, extraordinária e cândida. Assim, para Maria, por vontade expressa de Deus, uma espécie de cortina, uma espécie de filtro interpôs-se entre ela e Satã, no momento do seu nascimento.

J-M. Abd-El-Jadil,
Maria e o Islã, pp. 18 e 19
Ed. Beauchesne, 1950
In www. mariedenazareth.org

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